quarta-feira, 31 de maio de 2017

Esaú e Jacó

O romance Esaú e Jacó me pareceu um “ponto fora da curva” dentre os romances de Machado de Assis. Diferentemente dos demais - mesmo da fase inicial, romântica – os personagens me pareceram imaturos e a narrativa longa e pesada. Era necessário mesmo a introdução do Conselheiro Aires na estória ?
Interessante que este é o antepenúltimo romance, quer dizer, é já a fase madura do autor.

Com receio de estar falando uma grande bobagem dei uma olhada no consagrado Machado de Assis – estudo crítico e biográfico de Lúcia Miguel Pereira.   Na página 177 ela dirá: “Sem as indagações filosóficas do Braz Cubas e do Quincas Borba, sem o tédio do Esaú e Jacó e do Memorial de Aires, o Dom Casmurro é o mais humano dos livros de Machado.” Sim é entediante, mas o Memorial de Aires me pareceu bem mais atraente!

E mais adiante, “Livro repisado, livro de velho, o Esaú e Jacó. (...) No Esaú E Jacó, não passam aquelas correntes de angústia, não ecoam aquelas interrogações que representam a maior grandeza de Machado.

Tudo está apaziguado, domesticado.” (p. 182)

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