Coletânea de contos publicada em 1873. O próprio autor
advertia no momento da publicação que aquelas páginas “são as mais
desambiciosas do mundo.”
Dentre os seis contos eu
destacaria uma passagem no irônico “Aurora sem dia” no qual o personagem Luís
Tinoco acredita ser poeta (e, posteriormente, político) apesar de sua
incapacidade para tanto. A passagem não só apresenta uma condição para ser um
bom autor como também, acredito eu, ser um bom leitor:
“Os leitores compreendem
facilmente que o autor dos Goivos e Camélias não era homem que meditasse uma
página de leitura; ele ia atrás das grandes frases, - sobretudo das frases
sonoras – demorava-se nelas, repetia-as, ruminava-as com verdadeira delícia. O
que era reflexão, observação, análise parecia-lhe árido, e ele corria depressa
por elas.”
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