Sobre as oito peças de
teatro de Machado de Assis contidas neste volume o que posso dizer é que apenas
duas me agradaram: “Quase ministro” (comédia) e “Tu só, Tu, puro amor” (drama a
respeito do suposto amor entre Camões e D. Catarina). Gostei ainda de “Suplício
de uma mulher” traduzida do francês.
As demais me pareceram
bem lineares, açucaradas e muitas vezes sem qualquer propósito. Interessante
que ao lermos as críticas de teatro nos volumes anteriores não esperamos que o
autor cometa os mesmos erros por ele apontados.
Minha impressão, e não
passa disso, “impressão”, ficou ainda mais forte ao ler a nota de Mário de
Alencar (1910) na introdução do volume na qual cita carta de Quintino Bocaiúva
respondendo a Machado que havia lhe pedido sua opinião sobre as peças:
“Como lhes falta a
ideia, falta-lhes a base. São belas, porque são bem escritas. São valiosas,
como artefatos literários, mas, até onde a minha vaidosa presunção crítica pode
ser tolerada, devo declarar-te que elas são frias e insensíveis, como todo o
sujeito sem alma. (...) As tuas comédias são para serem lidas e não
representadas.” (p. 4)
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